Como se explica a longevidade e popularidade da
Oktoberfest? Vários serão os fatores que tornam esta festa no principal cartão
de visita da cidade de Munique e um dos mais reconhecidos eventos da Alemanha,
mas talvez o mais importante será o laço intrincado entre tradição e inovação,
laço este patente naquela que é a alma do evento, a cerveja. Fica a conhecer as
cervejas que se têm vindo a beber na Oktoberfest, como evoluíram e quem as
produz.
Na Baviera, as tradições
cervejeiras são para levar a sério. Exemplo disso são a Lei da Pureza, a mais
antiga lei alimentar ainda em uso, e que define os ingredientes com que a
cerveja deve ser feita, as belíssimas plantações em Hallertau de lúpulo, o rei do
amargor, e naturalmente a Oktoberfest, a maior
festa de cerveja do mundo.
Brindar à cerveja bávara é,
por isso, celebrar a tradição, mas também perceber que é possível ser purista e
promover a inovação. A Oktoberfest é um bom exemplo de como se pode fazer
diferente sem perder o rumo original. Mas se foram muitas as alterações que nos
trouxeram até aqui, o evento continua com muitas semelhanças à festa inicial
que apaixonou os bávaros.
Nos primeiros anos, foi o
estilo Märzen que dominou.
Produzida na Baviera em março (Marz, na língua alemã, significa março), esta
Amber Lager maltada era armazenada em caves para ser bebida ao longo do verão.
Para se obter uma melhor preservação, o teor de álcool por volume (ABV) era
elevado: 6%.
Em meados da década de 1970, a cervejaria Paulaner, uma das seis que
constituem o núcleo duro da Oktoberfest, desenvolveu uma versão que não deixava
de ser maltada, mas de cor dourada, sendo mais leve e, para muitos palatos,
mais apetecível que a tradicional Märzen. O objetivo era criar uma
cerveja que pudesse ser mais consumida e apreciada durante a Oktoberfest. Na
década de 1990, a inovação da Paulaner tornou-se a regra e todos os cervejeiros
integraram este estilo. A partir desta década, a esta cerveja passou a
chamar-se, informalmente, Festbier. Hoje, são muitas as cervejeiras que
produzem Festbier em todo o mundo. Na Oktoberfest, porém, apenas as seis
magníficas podem ser consumidas. Mas já lá vamos.
A Festbier é menos intensa e menos tostada que a Märzen,
caraterísticas que permitem que possa ser bebida com mais facilidade pelos
visitantes da Oktoberfest. Mas há mais pormenores que as separam.
De cor alaranjada, a Märzen é
uma cerveja transparente e límpida, brilhante e com a espuma em tom marfim. No
nariz, a intensidade do aroma a maltes alemães é moderada.Sentem-se notas de
pão, tostadas, e pouco a nenhum aroma de lúpulo. Na boca, o malte inicial
sugere alguma doçura, mas o final é seco.
A Festbier é uma Lager alemã, limpa,
clara e de cor amarela a dourada. Tem um sabor maltado moderadamente marcado e
caráter lupulado de pouca expressão. Exibe sabores elegantes de maltes
alemães, sem serem demasiado pesados ou cheios. O sabor é principalmente da
variedade de malte Pils, mas com toques levemente tostados. Na boca, a textura
é suave e um tanto cremosa.
Apenas seis cervejeiras estão permitidas a servir os visitantes sedentos
da Oktoberfest: Augustiner, Hacker-Pschorr, Hofbräu, Löwenbräu, Paulaner e Spaten. Todas foram fundadas em
Munique e ainda se encontram em funcionamento. Em comum têm uma longa história
e o respeito pela Lei da Pureza.
Fundada pelos monges da ordem agostiniana (que
ainda existe) em 1328, esta é a cervejeira mais antiga de Munique com as portas
abertas – desde 1817 que se encontra situada na Neuhauser Straße. A Festbier da
Augustiner tem um ABV de 6% e pode ser comprada em quatro locais distintos no
recinto da Oktoberfest. Uma curiosidade: a Augustiner ainda é armazenada em
barris de madeira de 200 litros.
Esta cervejeira, que nasceu em 1417 na Sendlinger
Straße, serve a cerveja mais leve da Oktoberfest, com um ABV de 5,8%. Desde
2007 que a cerveja é vendida nas suas garrafas tradicionais, com rolhas de
balanço, em seis locais distintos do recinto da Oktoberfest.
Fundada em 1589 no centro de Munique, a cervejeira
mudou-se, no século XIX, para a zona dos jardins de cerveja. Hoje, encontra-se
na zona de Munich-Riem. A Hofbräu detém o título da cerveja com maior ABV da
Oktoberfest: 6,3%. Pode ser encontrada em dois locais do recinto da festa.
O nome é
do século XIX, mas a cervejaria já existia desde o século XIV. A Löwenbräu
tornou-se a maior cervejaria de Munique no século XIX, mudando-se para a Nymphenburger Strasße. Com 6,1% de
ABV, a Löwenbräu-Wiesntrunk pode ser bebida em três locais distintos do
Oktoberfest, entre os quais a tenda da própria cervejaria, cujo leão icónico
não passa despercebido a ninguém.
Das seis é a cervejeira
mais recente, tendo sido fundada em 1634, e situando-se em Munich-Langwied. Com
6% de álcool, é uma das cervejas mais populares da Oktoberfest e pode ser
encontrada em nove tendas.
Fundada em 1397, a
cervejaria mudou-se para Marsstraße no século XIX. Com um ABV de 5,9% a Spaten
pode ser encontrada em sete espaços do recinto da Oktoberfest.
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