Mais do que duas cervejas de alta fermentação com raízes numa escola cervejeira que, tradicionalmente, valoriza as lagers, Altbier e Kölsch representam a rivalidade de duas cidades separadas por 40 quilómetros: Dusseldorf e Colónia. Descobre o que une e afasta estes dois estilos.
Em todos os locais do mundo existem rivalidades entre cidades, vilas, clubes desportivos, festas, tradições ou até setores económicos, sendo que uma boa forma de resolver estas disputas – mais ou menos saudáveis – é num café ou bar, brindando com uma cerveja. Quando falamos de Colónia e Dusseldorf, as duas principais cidades do estado alemão da Renânia, esta hipótese não se coloca. O problema? Cada uma tem o seu estilo de cerveja, que rivaliza com o estilo da outra cidade mas também com a vizinha Pilsner. Brindemos, então, à rivalidade sadia entre Altbier e Kölsch, as cervejas de Dusseldorf e Colónia.
Apesar das versões de Altbier e Kölsch que hoje conhecemos terem um pouco mais de um século, os dois estilos são antigos e datam da Idade Média. Oriunda de Colónia, a versão mais antiga da Kölsch remonta ao ano de 874 e tem a sua produção controlada de modo rigoroso desde 1250. A Altbier, por seu lado, evoluiu das ales tradicionais do norte da Alemanha, típicas naquela região durante a Idade Média. Tratavam-se de cervejas fortes, lupuladas e cuja porção de malte de trigo chegava aos 40%. Além do peso gastronómico, estas cervejas medievais tinham uma grande importância económica, visto servirem de moeda de troca dentro da Liga Hanseática, um conjunto de cidades que, à época, mantinha o monopólio comercial no norte da Europa.
Depois de evoluir, durante séculos, na região de Dusseldorf, a Altbier ganhou o seu nome pela antiguidade: “Alt”, em alemão, significa “Antiga”. Por outro lado, esta designação traduz a tradição desta cerveja, que antecede, inclusive, as lagers, cervejas de fermentação baixa que se tornavam cada vez mais importantes no meio cervejeiro alemão e europeu. O nome Altbier reflete a ameaça desta “nova cerveja”, que era transportada, por via ferroviária, da Baviera e da Boémia.
Curiosamente, também a Kölsch moderna está ligada ao estilo Pilsner que, no século XIX, era importado da Boémia para os mercados locais. Para responder ao crescente sucesso da pale lager fabricada na atual República Checa, os cervejeiros de Colónia confecionaram uma cerveja pale dourada e lupulada, mas, paralelamente, continuaram a utilizar levedura de alta fermentação. Nascia, assim, a Kölsch, que hoje temos o prazer de beber.
Dadas as suas características específicas, ambos os estilos utilizam ingredientes nativos da Renânia – lúpulos tradicionais alemães e malte pale ou pils alemão, no caso da Kölsch; e maltes base alemães (Pils ou Munich) na Altbier.
Nos dois estilos pode ser utilizado malte de trigo e, no caso da Altbier, trigo tostado. Esta última é ainda confecionada com pequenas quantidades de malte cristal, chocolate ou maltes escuros, para ajuste de cor.
A Kölsch é uma cerveja clara, brilhante e filtrada, possuindo uma delicada espuma branca. Nos bares de Colónia, a Kölsch é servida em copos Stangen de 20 centilitros. Há uma razão para tal: dada a pequena quantidade de bebida que têm à disposição no copo, os clientes têm de pedir para serem servidos constantemente, o que mantém a cerveja fresca.
A cor da Altbier varia de âmbar claro a cobre profundo, quase acastanhada. É uma cerveja cristalina e brilhante, com espuma espessa, cremosa e de longa duração.
A Kölsch, pela sua suavidade, pode ser facilmente confundida com uma Cream Ale ou uma Pilsner, o que se deve ao delicado equilíbrio entre malte e lúpulo. No nariz, o aroma a malte é muito ligeiro, podendo-se também sentir o aroma floral e condimentado do lúpulo. Na boca, sente-se um ligeiro a médio amargor lupulado que, juntamente com as notas suaves a pão do malte, culminam num final seco e rugoso.
Na Altbier sobressaem intensamente as notas de malte granulado e lúpulo condimentado. No nariz destaca-se o caráter a malte tostado, com aroma a pão ou nozes. A intensidade do lúpulo pode ser baixa a moderada e apresentar notas condimentadas, picantes e florais.
Na boca, este sabor condimentado e amargo do lúpulo é moderado e equilibrado com um caráter de malte intenso e limpo. Algumas notas de grãos de malte tostados podem permanecer na boca, sendo o final de semi-seco a seco.
Tanto a Kölsch como a Altbier são cervejas leves e refrescantes: o teor alcoólico (ABV) de ambas situa-se, geralmente, entre os 4% e os 5,5%.
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